segunda-feira, 19 de novembro de 2007

ASSASSINATO EM FAMILIA

Ele matou a esposa e o sogro, a sogra morreu com o choque e ele se suicidou logo em seguida Uma briga rotineira de casal...

...terminou em quatro mortes trágicas

Existem várias histórias de crimes macabros, enterradas no Cemitério Municipal de Itu.
Algumas dessas histórias já foram esquecidas, apagadas pela passagem dos anos.
Mas, existem alguns casos, que foram tão assustadores, que nem o tempo poderá apagar. Casos sinistros, repletos de terror, mistério e morte. Histórias de pessoas comuns, que em um certo dia, tornaram se vítimas do destino. Vítimas fatais.
A história que vou contar, aconteceu aqui mesmo em Itu, há muitos anos atrás e, como praticamente todos os casos que conto... não teve final feliz.
Na verdade, o final foi trágico para todos os envolvidos.
Foi no ano de 1955. Em uma chácara aqui da cidade, morava um rapaz de 22 anos chamado João Batista de Lima Cruz. Ele era natural da Bahia e trabalhava como lavrador. Era casado com uma jovem de 20 anos, chamada Lídia de Mattos Cruz.
Talvez eu nunca vou saber se eles viviam bem ou não, mas de acordo com depoimentos de pessoas que viveram naquela época, João era um homem ciumento e várias vezes se desentendia com a esposa por este motivo.
Foi exatamente por ciúmes, que no dia 06 de janeiro de 1955 ele a matou. Na certidão de óbito de Lídia consta que ela morreu de hemorragia interna, derivada de três ferimentos penetrantes na barriga. Provavelmente três tiros ou três facadas. Não consta no papel.
Durante a briga que culminou na tragédia, o sogro, um homem de 50 anos chamado Emiliano Joaquim , tentou defender a filha. Não conseguiu. Seu crânio foi esmagado por João. Morreu vítima de comoção cerebral.
Ao ver a filha e o marido mortos de forma brutal, dona Maria Mattos, não resistiu, teve um mal súbito e morreu de colapso cardíaco.
O que se passou na cabeça de João naquele instante, ninguém nunca vai saber, mas depois de praticamente matar toda a família, ele decidiu colocar fim na própria vida.
Abriu um vidro de um veneno mortal, chamado Formicida (cyaneto de sódio) e ingeriu uma dose.
Morreu logo em seguida por envenenamento.
Todas essas informações sobre as causas das mortes estão impressas nas certidões de óbitos de cada uma das vítimas e se encontram arquivadas no cartório de registros.
De acordo com o livro de óbitos número 4, folha 27, do Cemitério Municipal, o primeiro sepultamento foi o de Lídia, o segundo do pai dela, o terceiro da mãe e o último do esposo.
Um dia o amor os uniu, o ciúmes os separou, mas na morte, foram reunidos novamente, já que todos estão enterrados lado a lado, nas sepulturas 24, 25, 26 e 27 da quadra 8 do Cemitério Municipal de Itu.


O MASSACRE DO BAIRRO SÃO LUIZ

foto meramente ilustrativa

As três mulheres foram brutalizadas em um matagal após sairem de uma festa


Um dos crimes mais bárbaros já ocorridos em Itu, que entrou para as crônicas policiais, ocorreu na noite de 14 de março de 1981.
Era um sábado, 22h30.
Depois de uma festa de casamento, no bairro São Luiz, três mulheres, Maria Aparecida, de 36 anos, Julia Abreu, de 45 anos (que estava grávida de 5 meses) e Carmem Dias, de 35, decidiram ir até um baile, não muito distante do local em que estavam.
Junto com elas, se encontrava um rapaz de 22 anos, chamado Antonio. Conhecido delas.
Os quatro caminhavam por um trio, em meio a um matagal, próximo do local onde hoje existe um Posto de Saúde.
Cerca de cem metros a frente do quarteto, Marta e Marcos, os dois filhos de Júlia, e Alfredo, um amigo da família, seguiam na mesma direção.
Em dado momento, o trio decidiu voltar, pois tinham perdido de vista as três mulheres e o homem que as acompanhava.
Os três não sabiam, mas estavam prestes a de depararem com a cena mais apavorante de suas vidas.
Ninguém ouviu os gritos. Ninguém viu nada. Ninguém contou nada.
Ao passarem pelo espesso matagal da rua Luporini Sampaio, o trio avistou os três corpos ensangüentados no meio do mato.
Maria, Júlia e Carmem, estavam semi nuas, com os corpos repletos de ferimentos e as cabeças esfaceladas por pedradas.
O mato estava vermelho. Havia sangue por todos os lados.
Utilizando o máximo de requintes de crueldade, o maníaco, havia ferido as partes intimas das mulheres, com um revólver, e massacrado suas cabeças com pedras.
Os filhos de Júlia e o amigo, entram em pânico. Ficaram em choque com a cena.
A polícia foi acionada imediatamente.
Júlia e Maria já estavam além de qualquer ajuda, mas Carmem demonstrou um fraco sinal de vida.
Foi socorrida até o hospital Nossa Senhora da Candelária, onde ficou muito tempo internada. Recuperou-se fisicamente, depois de algum tempo, mas ficou com graves seqüelas no cérebro. Morreu alguns anos depois, em conseqüência da brutalidade que sofrera. Jamais se recuperou mentalmente.
Antonio, o rapaz, que estava com as mulheres, desapareceu após o crime. Tornou-se evidentemente o principal suspeito.
Seu nome completo foi divulgado a exaustão nos jornais da época, que o acusavam de ser o assassino.
Ele nunca apareceu para explicar o que aconteceu na noite do crime.
O motivo daqueles assassinatos brutais, também nunca foram esclarecidos.
Houve muitos rumores sobre a participação de outros indivíduos no crime, mas também não se provou absolutamente nada.
A única certeza, era que três mulheres boas, encontraram a morte de uma maneira cruel, por um motivo que talvez nem elas próprias soubessem.
O inquérito policial desse crime macabro, terminou como a maioria dos outros do gênero, arquivado, prescrito, e sem solução.
Antonio jamais voltaria a aparecer e carregaria para sempre a estigma de ser o assassino, já que foi a última pessoa a ver as três mulheres com vida.
Carmem, antes de morrer, chegou a apontar um outro suspeito, figura bastante conhecida no bairro, como sendo um dos participantes no massacre, mas nada foi provado e o suspeito continuou em liberdade.
Hoje, 25 anos depois, quase todo mundo já se esqueceu desses crimes, dessas mulheres, dessas mortes. Menos as famílias das vítimas que jamais irão se conformar com essa brutalidade. Menos o próprio assassino, que onde quer que esteja neste momento, se lembra de todos os detalhes do horrendo crime que cometeu, naquela noite de sábado, de 1981.
Mais um caso que ninguém esclareceu.
Outro crime assustador... que abalou Itu.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

REPÓRTER MUNDO CÃO


As crônicas policiais ituanas estão repletas de crimes macabros.
Casos verdadeiramente aterradores.
Muitos ainda não foram solucionados.
Outros jamais serão.
Nos noticiários “normais”, dos principais meios de comunicação, as mais trágicas e violentas histórias de morte, tem seu impacto diminuído, ao serem transformadas em dados frios e impessoais, para “não chocar” a sociedade.
Se quiser fazer um bom trabalho, um repórter policial não deve ter medo de chocar a sociedade. Afinal, ela quer pagar pela notícia, para saber a mais pura verdade. Seja boa ou ruim.
Para fazer uma boa reportagem policial é preciso viver a notícia. Senti-la pulsando no sangue.
O que os outros apenas ficam sabendo, ouvem falar, ou vêem através de fotos, ou TV, o repórter policial tem que ver e ouvir ao vivo, em cores e não em preto e branco. Não em tons de cinza.
Não é um trabalho fácil. Na verdade às vezes chega a ser repugnante, sinistro aterrador e é claro... perigoso.
Fotografar pessoas mortas das formas mais bizarras, conversar com assassinos (às vezes na própria cena do crime), saltar da cama altas horas da madrugada para atender uma ocorrência policial, e ficar de plantão 24 horas por dia, sete dias por semana, sem feriados, é rotina, coisa normal para um repórter policial que precisa dar a notícia para seus leitores.
Um repórter policial não pode se prender e nem depender de boletins de ocorrência, como se fosse uma muleta. Tem que ver a coisa acontecer. Estar lá na ocorrência.
Para fazer um trabalho limpo e profissional, sem cometer injustiças é necessário checar a exaustão todas as informações, ouvir todas as vitimas, testemunhas e até mesmo os responsáveis pelo crime, quando querem falar, é claro.
Isso sem mencionar, que é fundamental para um repórter policial ter conhecimento de causa, ou seja, sempre saber o que está falando.
Em minhas reportagens, sempre revelo a dimensão humana da tragédia, sem exageros, sem frescuras e é claro, sem injustiças.
Esse é meu estilo “mundo cão”, de contar uma história.
Ao invés de fornecer dados frios e impessoais, coloco meu leitor na cena do crime.
É exatamente assim que tem de ser. Quem paga pela notícia, quer a verdade. Não quer ser poupado dos detalhes macabros da história, caso contrário não compraria a publicação.
Esse é o nosso, o meu papel.
O papel de um repórter mundo cão.

Seja bem-vindo ao mundo dos crimes macabros, onde seus piores pesadelos... são reais!!!

Reginaldo Carlota