Um perigoso maníaco rondou as ruas da cidade de Itu, em agosto de 2008.
Uma dona de casa de 26 anos (não vamos revelar o nome para não expor sua integridade) viveu uma situação pavorosa nas mãos do criminoso.
O caso ocorreu na noite de segunda-feira, 25 de agosto.
Por volta das 21h, a mulher voltava da igreja a pé, passando pela Avenida Caetano Rugiéri, quando em dado momento, passou a ser seguida por um indivíduo desconhecido, na altura do bairro São Camilo.
O homem, que segundo a vítima tem cor parda, idade entre 20 e 30 anos, cabelos curtos, magro, com 1metro e 70 de altura aproximadamente, roupas e luvas pretas, se aproximou da mulher e perguntou se ela tinha um isqueiro.
Quando a vítima respondeu que não, ele sacou uma faca, anunciou um assalto e obrigou a mulher entra em um matagal das imediações, sob ameaça de morte.
A vítima se prontificou a entregar a bolsa ali, mesmo, mas o criminoso insistiu que ela entrasse no mato, caso contrário morreria. Com medo de perder a vida, a mulher obedeceu e acabou sendo levada para um local de difícil acesso, onde o mato é bem espesso. Foi nesse lugar, que o maníaco, avisou a vítima que iria estuprá-la. Primeiro ele mandou que ela fizesse sexo oral nele, como é comum em praticamente todos os casos do gênero, na seqüência, ele violentou a mulher indefesa, com a maior covardia do mundo, coisa típica desse tipo de criminoso, que escolhe as vítimas a dedo.
Enquanto estuprava a mulher, o maníaco, fez questão de avisá-la que não iria ejacular nela, “para não deixar pistas do crime”, ou seja, resquício de material genético que possa identificá-lo mais tarde.
Quando terminou sua perversão, ele mandou a vítima a se deitar de bruços, dizendo que iria amarrá-la, mas, assim que a mulher ficou na posição que ele queria, o criminoso, passou uma corda fina em seu pescoço, e começou a estrangulá-la com a maior brutalidade possível.
A mulher se debateu de todas as formas tentando se defender, mas não conseguiu. Sufocada e com o pescoço sangrando muito, a mulher acabou desmaiando por falta de ar. E foi isso que salvou sua vida.
Acreditando que a vítima estava morta, o criminoso abandonou a mulher no local e foi embora.
No início da madrugada, a mulher acordou delirando no meio do mato, com o corpo todo machucado.
Ela saiu cambaleando pela rua pouco depois da meia-noite. Pediu ajuda pra um e pra outro, mal conseguindo falar, mas ao invés de conseguir apoio, ainda acabou sendo assaltada por uma nóia da favelinha da Vila Lucinda, que roubou seu tênis.
A mulher acabou caindo debilitada em uma calçada da Vila Lucinda, onde ficou, até ser socorrida por uma viatura da Polícia Militar, que a encontrou com vários ferimentos.
Foi somente no hospital, que a vítima, ainda estado de choque, conseguiu contar o que havia acontecido com ela. Depois de dar entrada no hospital de Itu, a mulher foi transferida para o Hospital Regional de Sorocaba, onde ficou internada.
Na tarde de quarta, após ter recebido alto, a vítima e o marido acompanharam a investigadora Adriana Gomes, até o local onde o estupro foi cometido.
No local, a policial encontrou a bolsa, o celular e o a bíblia que a mulher perdeu durante o crime que sofrera.
A vítima contou para a investigadora, que na hora do suposto assalto, chegou a dar R$ 10, para o criminoso deixá-la ir, mas ele devolveu o dinheiro pra ela, deixando claro que seu objetivo era mesmo o estupro.
Até onde se sabe... o criminoso nunca foi preso.
Cidade teve caso parecido em 2007
No início do ano passado, um maníaco atacou duas mulheres na cidade, no espaço de dez dias. A primeira vítima conseguiu evitar o estupro ao desferir um chute nas partes íntimas do maníaco, e fugir em seguida. Mas não saiu ilesa, durante a luta, acabou sendo esfaqueada no braço pelo criminoso.
A segunda vítima teve menos sorte ainda. Depois de ser arrastada até um espesso matagal, foi violentada sexualmente de todas as formas possíveis, e ficou em estado de choque.
Na época dos crimes, a reportagem do Folha da Cidade conversou pessoalmente com as duas vítimas, que descreveram o mesmo agressor, tratando-se de um homem moreno, forte, aproximadamente 30 anos, com luzes no cabelo e cavanhaque.
Baseado nas descrições das vítimas, a reportagem fez um retrato falado do maníaco, que foi distribuído para vários jornais da região e publicado pelo menos três vezes no Folha.
Meses depois, um homem com essas mesmas características foi preso em flagrante no momento em que estuprava duas mulheres em um matagal das imediações do Cidade Nova.
Após essa prisão, os ataques do maníaco cessaram, o que reforçou a hipótese de que todos os crimes foram cometidos provavelmente pela mesma pessoa.