“LOIRA DESCONHECIDA” ASSASSINADA EM ITU ERA LONI KELBERT OU ODETE
FONTES?
Após a divulgação do caso em rede nacional, no
programa Balanço Geral da Record, duas famílias entraram em contato com a
reportagem do NP e com a produção do Balanço.
As duas famílias acreditam ser parentes da loira de
Itu, mas apenas uma delas deve ser a verdadeira.
A primeira família entrou em contato com a Record,
imediatamente após a exibição do programa, e contou que na época do crime da
loira, uma jovem muito bonita residente na cidade de Matão, interior norte de
SP, tinha um caso com um comerciante casado de Itu, que era dono de padaria na
cidade. A jovem chamava-se Odete Fontes e era completamente apaixonada pelo
comerciante.
Segundo a família dela relatou à produção do
Balanço, Odete estava cada vez mais envolvida com o comerciante casado, que,
com o passar do tempo, começou a querer se afastar dela para preservar seu
casamento. Um dia, Odete avisou que estava largando tudo para vir atrás de seu
amor em Itu. E realmente veio. Só que a jovem nunca mais retornou pra casa. Sua
família não tornou a vê-la novamente e jamais soube se seu paradeiro. A
suspeita é que ela foi assassinada e seu corpo desovado em algum lugar não
encontrado.
Assim que viram a reportagem da loira na Record, a
família de Odete relacionou a descrição da moça, que também era loira, com a
cidade de Itu e a data do crime, e concluiu que a “Loira Desconhecida”, seja
realmente Odete Fontes.
A OUTRA LOIRA
Enquanto a produção do Balanço atendia a família de
Odete Fontes, o jornalista Reginaldo Carlota, foi procurado pela família de uma
mulher chamada Loni Kelbert.
Segundo essa família, que reside em Jaraguá do Sul,
na década de 60, a jovem Loni Kelbert, filha de alemães estabelecidos no
Brasil, saiu do Paraná, onde morava para tentar a vida em São Paulo, que
oferecia melhores perspectivas de vida.
Todo ano Loni vinha visitar a família até que, no
início da década de 70, ela veio passar um Natal em casa, prometendo que
retornaria da Páscoa, para conhecer o novo irmãozinho, já que a mãe estava
grávida. Nunca mais voltou.
Quando a irmã de Loni, Ingrid Kelbert, viu a
reportagem na Record, teve absoluta certeza de que se tratava da jovem
desaparecida. Ingrid enviou uma foto de Loni ao jornalista Reginaldo Carlota e
por sua vez, Carlota passou a foto para o Balanço Geral e mostrou também para
todas as pessoas ainda vivas que tiveram contato com o corpo da loira.
Resultado: diferentemente da foto de Odete que não foi reconhecida por ninguém,
todas as pessoas que viram a foto de Loni Kelbert afirmaram ter 90% de certeza
que se trata da mulher que viram morta em Itu, naquele distante ano de 1972.
Com essa grande possibilidade de desvendar um
mistério que ultrapassa quatro décadas e abalou Itu na época, o departamento
jurídico da Record está se movimentando para pedir a exumação do corpo da loira
para um exame de DNA, com as famílias de Loni e Odete.
Nunca na história de Itu esse crime sequer passou
perto de ser solucionado pelas autoridades e hoje, graças a investigação
obsessiva conduzida pelo jornalista Reginaldo Carlota, o crime mais misterioso
da história da cidade, está a um passo de ser finalmente solucionado.