Noite de sábado.
14 de novembro de 1998.
O casal Maria e Alexandre está tranquilo em um dos barracos onde moram, na Vila Lucinda.
Ela tem 24 anos. Ele 35.
Faltam 20 minutos para às 21 horas. E, menos de um minuto para o brutal assassinato, prestes a ocorrer.
O casal se assusta quando alguém em desespero começa a bater na porta, seguidas vezes, e gritar sem parar.
“Socorro, abra a porta, por favor, estou sendo perseguido”, grita o desconhecido lá fora.
Ouvindo os gritos do desesperado, Alexandre decide abrir a porta.
Um homem que ele desconhece entra caindo no barraco.
Antes que ele consiga socorrer o rapaz caído no chão, um outro homem se aproxima por trás.
É um matador.
Ele está armado com uma pistola automática.
Não diz uma única palavra, apenas aponta a arma para o homem caído e começa a disparar.
Quinze tiros seguidos.
Doze acertam o homem no chão, que morre ali mesmo. Um tiro é perdido e, os dois restantes, atingem Alexandre nas costas. Ele não tem a mínima ideia de quem é quem naquela execução. Cai de bruços com os tiros nas costas.
Após a execução, o matador ignora Alexandre e sua esposa, o que deixa claro que a bronca não é com ele, e que só foi atingido por puro acidente. Estava muito perto do alvo. Perto demais.
O matador, que assim como o desconhecido no chão entrou pela porta dos fundos, atravessa o barraco com calma e sai pela porta da frente. Está sendo esperado por um comparsa.
Em seguida, os dois homens montam numa moto e, tão repentinamente como surgiram, desaparecem.
Os moradores dos barracos das imediações, após ouvirem os disparos e ver os homens fugindo do local, acionam a Polícia e o Resgate.
Alexandre é levado às pressas para o hospital. Ele vai sobreviver. Teve mais sorte do que o desconhecido estendido no seu barraco com 12 balas no corpo.
Porém, assim que dá entrada no hospital, a ficha de Alexandre é levantada pela Polícia e seus antecedentes aparecem. Mesmo não tendo absolutamente nada a ver com o crime recente, onde ele também é uma das vítimas, o homem com duas balas nas costas é procurado da Justiça. Ele acaba ficando internado sob escolta policial. Vai sair de lá para a prisão.
Enquanto isso, em seu barraco, a Polícia procura por algum documento no corpo da outra vítima, que possa identificá-la. Não encontra nada.
O cadáver é recolhido pela Funerária Municipal, e encaminhado para o IML, onde permanece por dois dias, sem ser identificado.
Na segunda feira, uma mulher aparece e identifica a vítima, como sendo seu irmão, Mauro Bueno de 32 anos.
A mulher conta aos policiais que investigam o caso que, Bueno nasceu em Salto, e passou mais de dez anos de sua vida na cadeia. Ela comenta ainda que há dez dias, ele fugiu da Cadeia Pública de Salto e dede então, estava desaparecido, até ser encontrado varado de balas no IML.
Onde ele estava antes do crime? Por que foi morto? Vingança? Acerto de contas? Quem era matador?
Aí estão cinco boas perguntas!
Aliás, cinco excelentes perguntas!
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