segunda-feira, 9 de novembro de 2009

MATADOR DE POLÍCIA

O POLICIAL BARROS

RETRATO FALADO DO ASSASSINO

Tarde do dia 23 de março de 2001.
São 15h. Faltam poucos minutos para o tiroteio.
Uma vendedora sai desesperada de uma loja situada na Praça do Carmo e aborda uma viatura da PM, que passa pelo local.
Dentro da viatura, estão os soldados Barros e Marcos.
A vendedora fala para os policiais que um indivíduo que está passando por ali, é o autor de dois assaltos recentes que ocorreram em sua loja.
Tendo a informação, os dois policiais decidem abordar o suspeito. Marcos, que está no volante, vai dirigindo a viatura, já barros, saia pé, em perseguição.
O suspeito percebe a aproximação dos policiais. Ele desce pela Garcia Moreno e quando está na frente do prédio onde funciona a Delegacia da Mulher, vê que Barros já estava atrás dele.
Culpado ou não, o suspeito não vai acertar ser detido pelo PM. É por isso que ele saca sua arma e atira contra o policial, antes que esse sequer tenha tempo de reagir.
Barros revida os disparos. Os tiros não acertam o suspeito e acabam atingindo de raspão duas pessoas que passam pela rua. Duas balas perdidas.
O suspeito efetua outros disparos. Barros é atingido na perna.
Em vez de fugir, o criminoso se aproxima do policial caído. O dia está claro, a rua está cheia de testemunhas, a viatura da PM se aproxima, mas o suspeito não está nem aí.
Ele aproveita que o policial está ferido, pára diante dele e com a maior frieza puxa o gatilho. Barros é atingido em cheio na cabeça. Um tiro fatal.
O outro soldado na viatura, presencia o crime a distância. Enquanto o autor dos disparos corre pra fugir, o PM Marcos corre pra salvar seu parceiro. Ele não vai conseguir. Já é tarde demais.
Em minutos, enquanto Barros é levado às pressas para o hospital, o Centro fica forrado por policiais e guardas municipais, que procuram o criminoso. Ele não será encontrado hoje.
No hospital, o soldado passa por uma delicada cirurgia, fica internado na UTI e acaba sendo desenganado pelos médicos. Ele pode sofrer morte cerebral a qualquer instante.
Dois dias depois, por volta das 12h30, do domingo, o policial militar Jair Azael Nóvua de Barros, é declarado clinicamente morto. Ele tinha apenas 24 anos, e estava no quarto ano da Faculdade de Direito.
Sua morte é sentida por todos os companheiros que viam nele um grande amigo, parceiro e policial de primeira linha.
As investigações prosseguem nos dias seguintes, após a morte.
Um retrato falado do criminoso é elaborado pela polícia e divulgado nos jornais locais.
Os dias passam e ninguém é preso.
Quatro meses depois

Sexta-feira, dia 20 de julho de2001.
Cumprindo mandados de prisão, policiais militares de Sorocaba entram na casa de um procurado, naquele município.
Enquanto revistam a casa, os PMs encontram um suspeito escondido embaixo de uma cama. A ficha dele é levantada e consta que ele é procurado pela justiça.
Em sua ficha existem três homicídios, todos praticados em Itu.
Os policiais notam que existe uma grande semelhança entre o rapaz e o desenho do matador de PM, distribuído entre os policiais.
Uma testemunha da morte de Barros é trazida pra ver o suspeito. Ela o reconhece como o autor do disparo fatal contra o policial. O parceiro do PM morto, vê uma foto do suspeito e nota as semelhanças entre o rapaz e o assassino do companheiro.
Para a polícia, o caso já está praticamente solucionado.
No dia seguinte o suspeito é trazido de Sorocaba para Itu, para um reconhecimento formal diante de outras testemunhas.
O resultado já é o esperado.
O suspeito é mesmo o matador de polícia.
Depois de quatro meses de investigação, a polícia finalmente coloca um ponto final nas investigações.
O caso está encerrado.

Um comentário:

Anônimo disse...

Fico muito mal quando vejo essas noticiais