Quarta-feira, dia 2 de junho de 1999.
Uma mulher de 44 anos, está deitada em um dos bancos da Praça Gaspar Ricardo, em frente ao Saae.
Para se proteger do frio do inverno rigoroso, ela se enrola em um cobertor, cobrindo até a cabeça.
É tarde da noite.
A mulher é uma andarilha, não tem casa, não tem família, amigos, não tem ninguém.
Já passam da meia-noite, quando um desconhecido se aproxima.
Dormindo ao relento, alheia ao perigo, a mulher acorda com uma mão forte apertando seu pescoço. Ela se assusta, tenta gritar, mas não consegue.
Violento, o homem desconhecido saca uma faca e ameaça matar a andarilha, caso ela grite. Temendo a morte, ela não reage.
Em seguida, o desconhecido rasga as roupas da mulher, abaixa sua própria calça da cintura pra baixo e começa a violentá-la ali mesmo, em cima do banco frio da praça.
No desespero a mulher arranha o agressor, grita, tenta se livrar dele. O estuprador reage, desferindo vários socos violentos no rosto da vítima.
Pra não apanhar mais, a mulher continua sendo estuprada em silencio, rezando para o pesadelo terminar logo.
O maníaco não está com pressa.
Quando a vítima pensa que o estupro terminou, o criminoso manda ela se virar de costas e diz que quer fazer sexo anal.
A mulher implora para que o criminoso a deixe em paz. Ele responde com vários bofetões, socos e chutes nela.
Chorando muito, a vítima passa a ser novamente violentada. A violência é tanta, que quando o desconhecido termina seu ato covarde e perverso, a vítima estava toda ensanguentada.
Mas a violência ainda não havia terminada.
O homem abre uma garrafa de plástico com um liquido verde dentro e manda a andarilha beber. Ela se recusa. Mais tapas na cara, socos na boca e chutes nas costas.
Ele a segura pela garganta já no chão, diz que ela prostituta, vagabunda, piranha , sem vergonha. E faz a mulher ingerir o liquido na marra.
Tão logo a bebida chega em seu estômago, a mulher vomita desesperadamente.
Ela não sabe o que bebeu, só sabe que é muito ruim e está lhe fazendo mal.
O maníaco ri, se diverte com o terror da vítima.
Com total tranquilidade, após levantar suas calças, ele pega a faca que havia deixado no chão, e vai embora do local, deixando sua vítima aterrorizada e marcada para sempre.
Sangrando muito e com dores por todo o corpo a vítima se enrola novamente no cobertor e chora.
Chora de dor, chora de vergonha.
Afinal, mesmo sendo uma andarilha que vive nas ruas, ela ainda é uma mulher, e como tal, tem sua dignidade.
Depois do sofrimento, a mulher vai até a Delegacia de Policia e registra um boletim de ocorrência.
Mas o criminoso, nunca foi identificado, preso e muito menos julgado por seu crime.
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