Manhã do dia 31 de julho de 1998.
A jovem Vanderleia de Paula Gregório Pereira está indo para o trabalho.
Ela tem apenas 22 anos, é uma jovem bonita, alegre, cheia de vida, esperança, planos e sonhos. Apesar da juventude, Vanderleia já é casada e tem uma filha de 3 anos.
Faz apenas três dias que ela arranjou um emprego de empregada doméstica em uma casa localizada em um condomínio da cidade.
A mãe dela, dona Maria Idalina, nunca quis que a filha trabalhasse. Pessoa simples e muito humilde, dona Idalina é uma verdadeira guerreira, sempre trabalhou, desde criança, sempre lutou para dar tudo para Vanderleia, sua única filha mulher. Seja trabalhando como jardineira, ou até mesmo na roça, como cortadora de cana, a mãe sempre deu de tudo para a filha, bancou seus estudos e na medida do possível, fez o que pôde para realizar todos os sonhos da filha que ama. Vanderleia sempre correspondeu o amor da mãe, sendo uma filha obediente, carinhosa e amorosa.
Na segunda-feira, dia 27, Vanderleia finalmente começou a trabalhar. É o seu primeiro emprego. Era seu sonho ter um emprego, ter seu próprio dinheiro, sua independência. Ela está feliz. Pensa nos seus planos, pensa nos seus sonhos. Ela não sabe que seu quarto dia de trabalho será o último.
São 8h. Para chegar no horário no trabalho, Vanderleia corta caminho por um trio, localizado em um matagal do Jardim Bandeirantes, que liga a rua Almirante Barroso, com a portaria do condomínio, na rua Esmeralda.
Para encurtar caminho, pelo menos cem pessoas que trabalham no condomínio, passam diariamente por esse trio. Cerca de cinquenta dessas pessoas são mulheres.
Vanderleia, que mora no Bela Vista, decide passar por esse caminho, é mais rápido, mais prático. O que ela ainda não sabe, é que o caminho também é mais perigoso.
Há um mês, uma empregada doméstica foi assaltada nesse local.
Vanderleia não sabe disso. Nunca vai saber.
A manhã, está fria, o ar gelado. A jovem caminha pelo mato, ao lado do muro do condomínio. O perigo está muito próximo. Mas ela ainda não sabe.
Faltam menos de cinco minutos para ela chegar à portaria. Ela não vai ter esse tempo.
Sem o menor aviso, um homem, que pode ser qualquer um, surge no meio do mato e agarra a jovem pelo braço. Ela tenta se desvencilhar dele. Não consegue.
O homem leva a jovem a força, para uma cabana feita pela própria mata.
Vanderleia é uma mulher bonita. Talvez ele queira violentá-la. Talvez ele queira simplesmente matá-la. Ninguém sabe.
A jovem é agredida violentamente com pedradas e pauladas na cabeça. O homem quer matá-la, isso agora já está claro. Mas por qual motivo? Será que ele quer estuprá-la e por ela estar lutando ele decidiu matá-la? Será que é algum tipo de vingança? Improvável, a jovem não tem inimigos. Será que alguém encomendou o crime? Quem sabe, quem vai saber? Se for isso, “quem” e o principal “por quê”?
Vanderleia é jogada no chão, fica toda suja de lama, o homem bate sua cabeça novamente em uma pedra do local. Ela já está toda ensanguentada pelo espancamento que está sofrendo, mas se recusa a ceder. Guerreira como sua mãe, uma verdadeira lutadora, ela não vai aceitar ser morta naquele local.
Com uma força descomunal nesse momento de terror, Vanderleia se levanta, livra-se do maníaco e corre, mesmo com os graves ferimentos. Ela entra correndo no condomínio, passa direto pela portaria e chega na casa de seus patrões. Gravemente ferida, já entrando em choque, suja de sangue e lama, mas sem as roupas rasgadas, o que deixa claro, que não chegou a sofrer violência sexual, ela repete em desespero para o patrão que foi espancada por um homem. Socorrida às pressas ao Pronto Socorro Municipal, Vanderleia entra em coma logo em seguida.
Onze dias depois do ataque, às 3h da manhã, Vanderleia morre no hospital Leonor em Sorocaba, para onde havia sido transferida.
A causa da morte: Fratura do crânio e hemorragia intra cerebral.
Nos dias seguintes ao crime, a Prefeitura manda limpar o local onde a jovem foi atacada, a Polícia Civil investiga o caso, mas o assassino...não é descoberto.
Existem ideias, desconfianças, especulações e até suposições sobre o caso Vanderleia, mas, até hoje, exatamente onze anos, um mês e vinte dois dias, após a morte da jovem, a sociedade saltense jamais viu o esclarecimento desse caso, que por sinal, já está arquivado há anos.
Quem matou Vanderleia? E Porquê? Estas são as duas perguntas que ainda permeiam o inconsciente coletivo da população, dos amigos e das pessoas que a conheceram e jamais se esquecerão dela.
Como repórter policial, com grande experiência em casos de homicídios, eu não ficaria surpreso se neste exato momento, o assassino de Vanderleia estiver lendo esta reportagem, relembrando cada detalhe do crime que ele cometeu, enquanto contempla mais uma vez, o rosto de sua vítima.
Não, eu não ficaria surpreso. Nem um pouco.
A jovem Vanderleia de Paula Gregório Pereira está indo para o trabalho.
Ela tem apenas 22 anos, é uma jovem bonita, alegre, cheia de vida, esperança, planos e sonhos. Apesar da juventude, Vanderleia já é casada e tem uma filha de 3 anos.
Faz apenas três dias que ela arranjou um emprego de empregada doméstica em uma casa localizada em um condomínio da cidade.
A mãe dela, dona Maria Idalina, nunca quis que a filha trabalhasse. Pessoa simples e muito humilde, dona Idalina é uma verdadeira guerreira, sempre trabalhou, desde criança, sempre lutou para dar tudo para Vanderleia, sua única filha mulher. Seja trabalhando como jardineira, ou até mesmo na roça, como cortadora de cana, a mãe sempre deu de tudo para a filha, bancou seus estudos e na medida do possível, fez o que pôde para realizar todos os sonhos da filha que ama. Vanderleia sempre correspondeu o amor da mãe, sendo uma filha obediente, carinhosa e amorosa.
Na segunda-feira, dia 27, Vanderleia finalmente começou a trabalhar. É o seu primeiro emprego. Era seu sonho ter um emprego, ter seu próprio dinheiro, sua independência. Ela está feliz. Pensa nos seus planos, pensa nos seus sonhos. Ela não sabe que seu quarto dia de trabalho será o último.
São 8h. Para chegar no horário no trabalho, Vanderleia corta caminho por um trio, localizado em um matagal do Jardim Bandeirantes, que liga a rua Almirante Barroso, com a portaria do condomínio, na rua Esmeralda.
Para encurtar caminho, pelo menos cem pessoas que trabalham no condomínio, passam diariamente por esse trio. Cerca de cinquenta dessas pessoas são mulheres.
Vanderleia, que mora no Bela Vista, decide passar por esse caminho, é mais rápido, mais prático. O que ela ainda não sabe, é que o caminho também é mais perigoso.
Há um mês, uma empregada doméstica foi assaltada nesse local.
Vanderleia não sabe disso. Nunca vai saber.
A manhã, está fria, o ar gelado. A jovem caminha pelo mato, ao lado do muro do condomínio. O perigo está muito próximo. Mas ela ainda não sabe.
Faltam menos de cinco minutos para ela chegar à portaria. Ela não vai ter esse tempo.
Sem o menor aviso, um homem, que pode ser qualquer um, surge no meio do mato e agarra a jovem pelo braço. Ela tenta se desvencilhar dele. Não consegue.
O homem leva a jovem a força, para uma cabana feita pela própria mata.
Vanderleia é uma mulher bonita. Talvez ele queira violentá-la. Talvez ele queira simplesmente matá-la. Ninguém sabe.
A jovem é agredida violentamente com pedradas e pauladas na cabeça. O homem quer matá-la, isso agora já está claro. Mas por qual motivo? Será que ele quer estuprá-la e por ela estar lutando ele decidiu matá-la? Será que é algum tipo de vingança? Improvável, a jovem não tem inimigos. Será que alguém encomendou o crime? Quem sabe, quem vai saber? Se for isso, “quem” e o principal “por quê”?
Vanderleia é jogada no chão, fica toda suja de lama, o homem bate sua cabeça novamente em uma pedra do local. Ela já está toda ensanguentada pelo espancamento que está sofrendo, mas se recusa a ceder. Guerreira como sua mãe, uma verdadeira lutadora, ela não vai aceitar ser morta naquele local.
Com uma força descomunal nesse momento de terror, Vanderleia se levanta, livra-se do maníaco e corre, mesmo com os graves ferimentos. Ela entra correndo no condomínio, passa direto pela portaria e chega na casa de seus patrões. Gravemente ferida, já entrando em choque, suja de sangue e lama, mas sem as roupas rasgadas, o que deixa claro, que não chegou a sofrer violência sexual, ela repete em desespero para o patrão que foi espancada por um homem. Socorrida às pressas ao Pronto Socorro Municipal, Vanderleia entra em coma logo em seguida.
Onze dias depois do ataque, às 3h da manhã, Vanderleia morre no hospital Leonor em Sorocaba, para onde havia sido transferida.
A causa da morte: Fratura do crânio e hemorragia intra cerebral.
Nos dias seguintes ao crime, a Prefeitura manda limpar o local onde a jovem foi atacada, a Polícia Civil investiga o caso, mas o assassino...não é descoberto.
Existem ideias, desconfianças, especulações e até suposições sobre o caso Vanderleia, mas, até hoje, exatamente onze anos, um mês e vinte dois dias, após a morte da jovem, a sociedade saltense jamais viu o esclarecimento desse caso, que por sinal, já está arquivado há anos.
Quem matou Vanderleia? E Porquê? Estas são as duas perguntas que ainda permeiam o inconsciente coletivo da população, dos amigos e das pessoas que a conheceram e jamais se esquecerão dela.
Como repórter policial, com grande experiência em casos de homicídios, eu não ficaria surpreso se neste exato momento, o assassino de Vanderleia estiver lendo esta reportagem, relembrando cada detalhe do crime que ele cometeu, enquanto contempla mais uma vez, o rosto de sua vítima.
Não, eu não ficaria surpreso. Nem um pouco.